segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DE BOCA EM BOCA


De boca em boca

Andam falando por aí, de boca em boca
Que a nossa fibra e nossa raça esmoreceu,
Que andam pisando em nosso pala.
Quem consente é certamente, porque a fibra já perdeu.

Nosso cobre da guaiaca anda minguado
Pelas coxilhas nuvem negra campereia
A pátria grande olha pra além do horizonte
E, aqui nos pagos, a incerteza nos maneia.

A nossa garra vem dos tempos das patreadas
A nossa fibra é a semente do passado
E o destemor é porque nunca aqui nos pagos
Por estrangeiros nosso pala foi pisado.

Meus irmãos, abram gaitas e gargantas
Numa canção que leve a fé por onde ande
E um canto livre há de elevar-se nas coxilhas,
Mostrando a raça deste povo do Rio Grande.

Deixem que eles falem por aí, de boca em boca
Pois a nossa fibra e nossa garra não morreu
E ninguém pisa em nosso pala.
Quem consente é certamente, porque a fibra já perdeu.

O sangue guapo dos heróis e dos valentes
Que ainda corre adormecido em nossas veias,
Há de aquecer-se em novas rondas e vigílias
Nos dando força pra arrebentar as maneias.


Composição: José Atanásio Borges Pinto - Cenair Maicá - Chaloy Jara
Intérprete: Luíz Marenco

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