Vaqueano
Nascido em catre de lua
Na madrugada campeira
Quando o clarão da boieira
Queimava a noite charrua,
Na deusa pampa chirua,
Filha de sol e minuano,
Mamei até o sobreano,
Sem nunca mollhar os cueros,
Lá - onde os pajés missioneiros
Me batizaram: Vaqueano.
Na Marca da identidade,
Carrego a estampa de todos,
Andejos e rapsodos,
Criados na imensidade,
O vício da liberdade
Adquiri no infinito,
Desde que o Tupã Bendito,
Num gesto paterno e largo
Me deu o sagrado encargo
De fazer mapa - Solito!
Hoje - a guitarra das fonte
Já não faz mais bordoneios,
Morreram os pastoreios,
As potreadas e os repontes,
Não vejo - nos horizontes
O sol procurando ninho,
Fiquei no tempo sozinho,
Prisioneiro da paisagem
E após a última viagem
Me transformei em caminho!
Vaqueano! Onde estás vaqueano?
Há um eco que me interroga,
A evolução pôs à soga
O meu destino Haragano,
Morre o último pampeano
Mas eu - vaqueano - não morro
O meu pingo - o meu cachorro,
Há muito foram proscritos
Mas guardo n'alma infinitos
Que tempo a dentro percorro!
Jayme Caetano Braun
Intérprete: Leopoldo Rassier
VII Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul
Fotos: Beatriz
São Miguel das Missões, RS, Brasil
Patrimônio Cultural da Humanidade
Ver:
Veterano
http://cangucuemcores.blogspot.com.br/2015/10/veterano-antonio-augusto-ferreira-e.html
Filosofia do Andejo - Jayme Caetano Braun
http://cangucuemcores.blogspot.com.br/2015/03/filosofia-de-andejo-jayme-caetano-braun.html
Nascido em catre de lua
Na madrugada campeira
Quando o clarão da boieira
Queimava a noite charrua,
Na deusa pampa chirua,
Filha de sol e minuano,
Mamei até o sobreano,
Sem nunca mollhar os cueros,
Lá - onde os pajés missioneiros
Me batizaram: Vaqueano.
Na Marca da identidade,
Carrego a estampa de todos,
Andejos e rapsodos,
Criados na imensidade,
O vício da liberdade
Adquiri no infinito,
Desde que o Tupã Bendito,
Num gesto paterno e largo
Me deu o sagrado encargo
De fazer mapa - Solito!
Hoje - a guitarra das fonte
Já não faz mais bordoneios,
Morreram os pastoreios,
As potreadas e os repontes,
Não vejo - nos horizontes
O sol procurando ninho,
Fiquei no tempo sozinho,
Prisioneiro da paisagem
E após a última viagem
Me transformei em caminho!
Vaqueano! Onde estás vaqueano?
Há um eco que me interroga,
A evolução pôs à soga
O meu destino Haragano,
Morre o último pampeano
Mas eu - vaqueano - não morro
O meu pingo - o meu cachorro,
Há muito foram proscritos
Mas guardo n'alma infinitos
Que tempo a dentro percorro!
Jayme Caetano Braun
Intérprete: Leopoldo Rassier
VII Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul
Fotos: Beatriz
São Miguel das Missões, RS, Brasil
Patrimônio Cultural da Humanidade
Ver:
Veterano
http://cangucuemcores.blogspot.com.br/2015/10/veterano-antonio-augusto-ferreira-e.html
Filosofia do Andejo - Jayme Caetano Braun
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