Romance de Ana Terra
Segue a carreta lenta, onde Ana Terra
Leva o filho, a cunhada e a sobrinha...
Leva no corpo e n'alma a dor da guerra
E a sensação de sempre estar sozinha....
Como sofreu e sofre! O chão que deixa
Vai com ela até o fim da trajetória,
Querência de seus mortos! Não se queixa,
Mas sente a dor ferindo-lhe a memória.
Ana Terra o destino dá teu nome
A tantas outras Anas tão iguais,
Anas que a dor não quebra nem consome,
Anas da Terra - mães! e nada mais.
Lenta a carreta segue, vai embora,
Não sabe o rumo, vai ao deus-dará...
Nada mais tem, qualquer querência, agora,
Pra remendar a vida servirá.
Tem o filho de Pedro Missioneiro,
Nele seu homem nunca morrerá.
Ana Terra, por ele, o mundo inteiro,
Sem ter medo de nada, enfrentará.
Autores:
Juarez Oliveira Chagas e José Retamozo
Intérprete: Jorge Freitas e Grupo Terra Viva
Participação especial: Luiz Carlos Borges e João Carlos Colla
Arranjo: Luiz Carlos Borges
XIV Califórnia da Canção Nativa
Nota: O mapa é o da nossa Querência - Rio Grande do Sul, Brasil
Ver: http://cangucuemcoresii.blogspot.com/2012/03/rosas-imagens-do-dia.html
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